Fundação de Serralves
Porto

Fundação Serralves: onde respirar arte no Porto

Quem aprecia arte não pode deixar de visitar a Fundação de Serralves no Porto. Apesar de estar localizada a uns 6 km do centro histórico da cidade, vale a pena conhecer o museu e os jardins. Em ambos estão expostas mostras e peças de arte contemporânea, de uma forma interativa. Na minha opinião, a melhor forma para quem não conhece arte tão a fundo.

Histórico da Fundação de Serralves

No período pós-revolução, sentiu-se a necessidade da criação de um espaço para exibição da arte na cidade do Porto. Com reconhecimento da Secretaria de Cultura, o Estado adquiriu a Quinta de Serralves em dezembro de 1986, com a finalidade de ali abrigar um futuro Museu Nacional de Arte Moderna. A criação da Fundação de Serralves se deu em 1989, após a Casa e o Parque de Serralves terem sido abertos ao público em 1987. Em 1991, foi construído então o Museu Nacional de Arte Contemporânea. Atualmente, a Fundação de Serralves é reconhecida como uma das principais instituições culturais portuguesas e a mais relevante do Norte de Portugal. O conjunto do patrimônio paisagístico e arquitetônico da Fundação foi classificado como Monumento Nacional em 2012.

É constituída pela Casa, o Parque, o Museu de Arte Contemporânea, o Auditório e a Biblioteca. A Fundação está sempre com uma programação a fim de incentivar o debate e a curiosidade sobre a arte, a natureza e a paisagem. O Museu tem projeto de Álvaro Siza Vieira e foi inaugurado em junho de 1999.

As exposições

São três andares, sendo que no nível superior fica a Galeria Contemporânea e o restaurante. No nível inferior, a bibilioteca, auditório e um pequeno bar. Quando visitei o museu em agosto de 2018 pude apreciar as mostras “Zero em Comportamento” e “The Sonnabend Collection” com obras da coleção da galerista Ileana Sonnabend.

As exposições no interior do museu foram bem interessantes, mas eu gostei muito da parte externa, no parque de Serralves. Além das esculturas permanentes do parque, há uma exposição anual do parque. Em 2018 era “Anish Kapoor – Works, Thoughts, Experiments” que também apresentava algumas esculturas espalhadas na parte externa. Caso da Sky Mirror, um espelho côncavo de aço inoxidável, localizado no Jardim do Relógio do Sol, no final da pérgola em colunata que delimita o Roseiral. E o Sectional Body Preparing for Monadic Singularity, um grande cubo de PVC vermelho, instalado na Clareira das Bétulas, logo em frente à entrada do museu.

A origem do Parque de Serralves remonta a 1923, mas foi em 1986, sob projeto da arquiteta e paisagista Teresa Andersen, que começaram as primeiras restaurações para abertura ao público. Caminhando pelo parque, dentre o patrimônio arbóreo e arbustivo, esculturas chamam a atenção. Entre elas, a Plantoir de Claes Oldenburg & Coosje Van Bruggen, uma enorme pá de jardinagem fincada no chão. La Baigneuse Drapée, a imagem de uma banhista que representa o ideal de beleza mediterrânea, de Aristide Maillol, datada de 1921. E Double Exposure, de Dan Graham, uma estrutura aberta de base triangular cujo lado exterior é espelhado em duas das faces e na terceira aplicada uma transparência a cores que reproduz a imagem da paisagem circundante.

Fundação de Serralves

Como chegar e informações

Para chegar até a Fundação de Serralves a melhor forma é pegar o metrô até a estação Casa da Música. Em seguida, na rotunda da Boa Vista pegar os ônibus (autocarros) 201, 203, 502 ou 504. Outra opção para quem tiver um pouco mais de disposição é caminhar da estação de metrô até a Fundação. Basta seguir pela Avenida da Boavista, em um percurso de aproximadamente 40 minutos a pé.

A Fundação de Serralves está aberta a partir das 10h, fechando às 19h entre outubro e março e às 20h entre abril e setembro. O ingresso para o museu, que inclui visita à casa e ao parque, custava 10€ em agosto de 2018. Mas eu optei por comprar o bilhete conjugado com o Palácio da Bolsa por 15,30€, economizando pouco menos de 4€.

Endereço: Rua D. João de Castro, 210 – Porto – Tel.: +351 808 200 543 / 226 156 500

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Leo Vidal
Carioca, biólogo, apaixonado por música, filmes e sempre disposto para novas viagens. Compartilha suas dicas de viagem há mais de 10 anos, sempre antenado ao melhor da gastronomia e hotelaria.

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