Um programa muito comum quando se viaja para o Chile é visitar uma vinícola. Até para aqueles que não bebem ou são apreciadores de vinho, é um passeio interessante. Afinal é possível conhecer como é feito o processamento de uma das bebidas mais antigas e famosas do mundo. Dentre as opções de vinícolas em Santiago, escolhemos a Cousiño Macul por ser mais próxima à cidade.
Quando fechamos nossa viagem para Santiago, ficamos muito na dúvida de qual vinícola conhecer, já que são inúmeras opções. A mais famosa das vinícolas em Santiago é a Concha Y Toro. Porém ao sondar com as pessoas que já tinham ido, o comentário era sempre o mesmo: que é muito turístico. Então, deixamos a Concha Y Toro como coringa, caso tivéssemos tempo para conhecer outras vinícolas em Santiago – o que não foi o caso.
Vinícolas em Santiago: visita à Cousiño Macul
Faz parte do turismo em Santiago, conhecer uma vinícola. Não que eu seja um mega entendedor de vinhos, apenas sou entusiasta e grande apreciador social. Muitas das vinícolas ficam fora de Santiago, o que pode tomar tempo no seu roteiro. Por isso, nos foi sugerido então conhecer a Vina Cousiño Macul que fica próximo à cidade de Santiago. Mais especificamente, a apenas 30 minutos de carro, saindo do bairro da Providencia, onde nos hospedamos.
Fomos em março de 2014. Chegamos na vinícola pela manhã, com um tour pré-agendado pela nossa guia para 11h. Ao todo deveria ter umas 20 pessoas no mesmo horário que o nosso para fazer o passeio. A vinícola oferece dois tipos de tour. O básico com duas degustações e o tour premium com três degustações e tábua de queijos para acompanhar as últimas duas degustações. Optamos pelo Premium. Ao pagar, recebemos uma taça onde serão servidos os vinhos da degustação e que podemos levar conosco como lembrança da visita.
O tour pela Cousiño Macul
Primeiramente conhecemos o jardim da vinícola, onde nos foi contada a história do local. A vinícola foi fundada em 1856 e até hoje continua sob administração da família original que deu nome ao local, cujo fundador foi Matías Cousiño. Já a palavra Macul vem da língua indígena quechua e significa “mão direita”. A administração hoje está por conta da sexta geração dos Cousiño.
Ali também foi possível observar a plantação de uvas carmenère, originárias na França, mas que é uma das mais produzidas pelo Chile, devido à temperatura. As uvas em si são bem pequenas, quando colocadas na palma da mão e pudemos prová-las, um gosto ligeiramente doce. As plantações são organizadas em fileiras e é possível andar por entre essas fileiras, o que é feito pelos coletadores.
Degustações na vinícola Cousiño Macul
Em seguida, fomos para o subsolo, onde pudemos ver os barris de madeira que armazenam os vinhos. Um local de pouca luminosidade, justamente para não interferir na produção das bebidas.
Foi nesse ambiente que tivemos nossa primeira degustação, Gris Cabernet Sauvignon da safra de 2013. Um vinho rosé de produção local, considerado um jovem por ter sofrido uma breve maceração. Além disso, não ficou armazenado tempo suficiente para vir a se tornar um vinho tinto e mais encorpado. Confesso que não agradou muito meu paladar.
Deste ambiente, seguimos ainda no subsolo pela área de estocagem, onde observamos mais barris – alguns gigantescos – para armazenamento do vinho. Logo após, chegamos a uma área mais moderna e industrial. Ali ficam os imensos barris de aço inoxidável com temperaturas reguladas e com diferentes tempos de fermentação. Segundo o guia, esta é a parte mais utilizada hoje em dia na produção da vinícola.
Por fim, chegamos em um salão onde tivemos nossas duas últimas degustações – com direito a repeteco porque nem todos tomam uma taça cheia – e os queijos para acompanhar a degustação. O salão é decorado com garrafas de safras premiadas e fotos da região da vinícola e da família Cousiño.
Neste momento, degustamos dois vinhos dos mais famosos da vinícola. Don Matias Syrah (que leva o nome do fundador) da safra 2012 e o Antiguas Reservas Cabernet Sauvignon da safra de 2010. Os dois bem gostosos, porém o primeiro é mais encorpado, ficando o segundo mais agradável ao meu paladar. Não sou fã de Syrah.
Final do tour na vinícola em Santiago
Ao fim da degustação passamos para a sala onde funciona a lojinha da vinícola. Lá é possível comprar garrafas de todos três vinhos que degustamos em nosso tour, bem como outros rótulos. Além é claro de souvenires de todos os tipos, como por exemplo, chapéus, camisas e saca-rolhas.
O tour levou cerca de 90 minutos no total e foi bem agradável. Mesmo que não seja na Cousiño Macul, vale a pena conhecer alguma vinícola chilena quando estiver conhecendo o país.
Endereço: Av. Quilín, 7100 – Peñalolen
Visitar as vinícolas em redor de Santiago é um passeio imperdível para que vai ao Chile. Na minha última viagem eu fui na Emiliana, adorei a experiência e sobretudo a degustação.
Ótima dica. Já vou anotar para quando voltar ao Chile.
Estive no Chile em 2015, mas, das vinícolas em Santiago, só conhecemos a Concha y Toro mesmo (e foi bem bacana!). A Cousiño Macul acabou ficando de fora, já que escolhemos visitar outra vinícola, a Casas del Bosque, no Valle de Casablanca, pertinho de Santiago.
Mas a Cousiño parece uma ótima experiência também. Boa dica!
Um abraço!
Gostei dessas outras dicas de vinícolas para quando voltar a Santiago, Luciana.
Adorei a dica de tour na Cousino Macul, uma das muitas vinícolas em Santiago. Gostei principalmente porque eu adoro os vinhos dela, bebemos muito aqui em casa. Fiquei com muita vontade de conhecer e poder comer a uva do pé. E quero um chapéu daquele para mim! rsrs
Bom poder tomar vinhos por aqui que sejam de vinícolas que você já conheceu né?
Quando estivemos em Santiago visitamos a vinícola Undurraga e gostamos bastante. Gostaria de ter conhecido outras.
Quase fui à Undurraga Ana, na verdade iríamos às duas, mas optamos apenas por uma para aproveitar o city tour no mesmo dia.
Quero muito conhecer as vinícolas em Santiago! Primeira vez que ouço falar da Cousino Macul, depois vou pesquisar mais sobre o tour, mas achei interessante sua experiência!
Lidiane, é um tour menos “popular” o que foi o grande motivo de minha escolha.