Um dos passeios mais próximos da cidade de San Pedro de Atacama é o passeio para o Valle de la Luna e Valle de la Muerte. Localizados a menos de 15 km da cidade, representam bem a paisagem do Deserto do Atacama. São grandes formações rochosas que podem ser exploradas a pé e contrastam sua coloração marrom com o azul do céu em dias ensolarados.
Assim como os demais passeios, quem nos levou para lá foi a Ayllu Expediciones. Por se tratar de um passeio de meio dia, conciliamos ele com a visita às Termas de Puritama. Nosso ponto de encontro foi na agência e de lá saímos em direção ao Vale da Morte com o Mike que foi nosso guia na nossa última tarde no Atacama. Entretanto, é comum as pessoas fazerem esse passeio no primeiro dia, pois é recomendado por não ter problema em relação à altitude.
Vale da Morte no Deserto do Atacama
Chegando à nossa primeira parada, o Vale da Morte, pudemos observar grandes rochas marrons formando todo um relevo irregular. Além disso, há presença de dunas, que normalmente são usadas para prática e competições de sandboard. O motivo pelo qual o local recebe o nome de Vale da Morte é contraditório.
Há duas vertentes: a primeira seria por causa do relevo e da formação rochosa que não é favorável ao crescimento de vegetação e à ausência de seres vivos, ou seja, ausência de vida. Entretanto a segunda, que me convenceu um pouco mais, seria baseada na teoria do pesquisador francês Gustavo Le Paige.
O pesquisador ao estudar o local, constatou uma semelhança do relevo do local com o solo encontrado em Marte. Por causa do sotaque estrangeiro, o francês ao falar a palavra Marte parecia estar pronunciando a palavra Muerte. A partir daí, teria então nascido o nome Valle de la Muerte. Independente de qual seja a verdadeira, o local realmente é muito lindo para apreciar e tirar umas fotos.
Pedra do Coyote
Em seguida fomos para a Piedra del Coyote. Apesar de não ficar dentro, faz parte do complexo do Vale da Lua. Inclusive o acesso à pedra é pago e o ingresso comprado na entrada do complexo. Uma vez pago o ingresso, é necessário guardar o ticket para entrada, posteriormente, no complexo do Vale da Lua sem ter que pagar novamente a mesma taxa.
A Pedra do Coyote é também conhecida como Pedra do Papaléguas por alguns guias ou Mirador de Kari. O motivo do nome é derivado do desenho do Papaléguas, aquele pássaro azul que sempre colocava um coiote em armadilhas em meio a cânions.
A pedra está a 2450 metros de altura do solo e é perfeita para tirar essas fotos dando saltos ou para os menos corajosos, sentado na beira. Tudo bem, que minha mãe quando viu essa foto que eu postei no Instagram, deu uma surtada. De lá podemos ter uma noção do que vamos ver em seguida no Vale da Lua.
Vale da Lua no Deserto do Atacama
Logo após, nos direcionamos para o complexo do Vale da Lua em si. Quando fomos em abril de 2015, boa parte do vale estava coberto por sal depositado após evaporação da água das chuvas. O resultado é um contraste lindo entre o marrom da formação rochosa e o branco do sal.
No complexo do Vale da Lua, pudemos visitar a Cordilheira de Sal. A montanha coberta de sal abriga depósitos de sal, uma verdadeira mina de sal. Não indico essa parte para aqueles que sofrem de claustrofobia. Nesse caso, sugiro avisar ao guia, que ele indicará um ponto de encontro.
Para vocês terem noção, tem momentos em que temos que nos abaixar bastante para passar pode dentro da cordilheira. Eu consegui encarar mesmo sofrendo um pouquinho desse mal. Nessa hora uma lanterninha é essencial – ou ao menos usar o flash do seu telefone como lanterna. O percurso que fizemos foi adentrar a cordilheira por um lado e sair em outra ponta por cima da grande rocha.
De lá fomos até um dos monumentos naturais mais famosos do local, as Três Marias. Como toda a área do vale, as rochas que simbolizam três mulheres também estavam cobertas por sal.
Pôr do Sol no Atacama
Tempo suficiente para uma foto, foi hora de partir para o momento mais aguardado. Subir uma das montanhas para apreciar o pôr-do-sol no Atacama.
A montanha que escalamos não foi totalmente fácil, mas com calma conseguimos chegar. A Denise, que estava conosco, não quis tentar subir e ficou no carro. Foi ela inclusive que tirou a foto em que somos apenas pontinhos pretos no alto da grande rocha.
Mesmo a subida não tendo sido fácil, valeu a pena ter essa visão de cima de todo o vale. Tudo isso com direito a brinde com suco de abacaxi e sanduíches preparados pela Ayllu.
Por fim, um espetáculo extra! Uma coloração rosa do céu veio completar nosso presente como despedida em nosso último dia no Atacama.
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Ainda custo a acreditar que eu nunca fui para o deserto do Atacama e a cada foto que eu vejo fico com mais vontade. Resta saber agora quando isso será possível. Parabéns pelo post, já está na minha lista de favoritos.
Fabricio, sem dúvida o Atacama é uma viagem que muda seu conceito de viagem e sua rotina como viajante. Vale a pena!
Ótimas dicas!
Quando eu fui ao Deserto do Atacama não tinha muita expectativa para o passeio ao Vale da Lua e Vale da Morte por serem os mais próximos de San Pedro. Mas acabou sendo um dos meus favoritos pois as paisagens são realmente incríveis!
Abraço
A paisagem do Atacama é tão incrível e diferente uma da outra, que você se surpreende a cada passeio.
Leo que máximo esse post. Acabei não conseguindo ir ao Atacama, mas irei me breve. O que foi esse por do sol? Coisa mais linda. Amei!!!!!!!!!!!!
Eu fiquei realmente bobo com esse pôr do sol que entrou para a lista dos mais lindos que já vi no mundo.
Ainda não tive a oportunidade de visitar o Deserto do Atacama, mas quero ir muito em breve e com certeza vou seguir essas suas dicas. Já favoritei esse post.
Sil, o Atacama é lindo demais. Tenho certeza que vai amar.
Eu amei conhecer o deserto do Atacama, e conheci o passeio do vale da morte e da lua. As paisagens são surreais.
Eu confesso que fiquei bobo com as formações rochosas e o global.