Toronto é uma cidade grande e vibrante, que respira arte. E a arte em Toronto é super democrática. Tem museus com exibições de diferentes estilos, até a contagiante arte de rua nos grafites. Então se você aprecia arte, precisa fazer esse roteiro em Toronto.
Museus de Arte em Toronto
Art Gallery of Ontario – AGO
A Galeria de Arte de Toronto foi inaugurada em 1900 ainda sob o nome de Art Museum of Toronto. Atualmente, a Art Gallery of Ontario abriga uma grande coleção de arte e esculturas modernas do Canadá. Após uma expansão em 2008, o prédio foi redesenhado por Frank Gehry.
A galeria de arte tem duas entradas. A principal é pela Dundas Street West, mas vale a pena conhecer a fachada pelo Grange Park. Ali é possível ver uma parte de escada em caracol projetada para fora do prédio. Bem diferente e parte do projeto de Gehry, aliás o primeiro do artista no Canadá.
No interior, o acervo de pinturas canadenses, muitas expostas em suas molduras originais, é a grande atração. Inclusive, estão expostas obras de Tom Thomson e do “Grupo dos Sete”, fundado em 1920. O grupo de sete pintores revolucionou as artes canadenses. Com inspiração nas obras de Tom Thomson, as obras enaltecem a natureza.
Além disso, a galeria abriga obras de arte inuit, africana e da Oceania. Quando visitei em agosto de 2019, estava acontecendo uma exposição de Brian Jungen que achei o máximo. A parte de arte europeia apresenta obras de Rembrandt, Van Gogh, Chagall e Monet, por exemplo.
Para chegar até a AGO, basta pegar o metrô e saltar na estação St. Patrick e caminhar três quadras pela Dundas Street West. O ingresso custa CAD$ 25, mas às quartas das 18 às 21h, a entrada é gratuita. A Art Gallery of Ontario funciona de terça a domingo a partir das 10h30.
Gardiner Museum
Quem gosta de cerâmica não pode deixar de conhecer o Gardiner Museum. Inaugurado em 1984, o museu foi fundado por George R. Gardiner e sua esposa. É o único museu da América do Norte dedicado exclusivamente a arte da cerâmica. Tanto que atualmente é reconhecido mundialmente como um dos expoentes na coleção de arte ceramista.
A entrada do museu já é linda e perfeita para fotos. Na Linda Frum and Howard Sokolowski Plaza, uma escultura de face de Jun Kaneko abrilhanta o local. Ao lado, a escultura Cracked Wheat de Shary Boyle, representa um vaso de cerâmica com pernas.
A história da cerâmica é contada através das exposições pré-colombianas. Nesta parte estão peças da civilização maia, do Equador e Colômbia, por exemplo. Outra sala é totalmente dedicada às porcelanas chinesas e japonesas. As chinesas fazem parte das coleções de Robert M. Bell e Anne R. Gross, enquanto as japonesas da coleção de Molly Anne e Bill MacDonald.
Por fim, uma área que passa pela cerâmica europeia ao longo do tempo. Em agosto de 2019, ainda vi a exposição temporária que apresentava a coleção de cerâmica moderna e contemporânea de Diana Reitberger.
Para chegar ao Gardiner Museum, basta pegar o metrô até a estação Museum e andar até o Queen’s Park. O ingresso custa CAD$ 15 e às quartas, das 16h às 21h, a entrada sai à metade do valor. O museu funciona diariamente a partir das 10h.
Royal Ontario Museum – ROM
Em frente ao Gardiner Museum está o maior museu de Toronto, o Royal Ontario Museum. Recomendo deixar para conhecer o museu em um dia com calma, porque ele é enorme. Além de abrigar obras de arte, ele também tem uma parte grande de História Natural e Arqueologia.
Fundado em 1912, é um dos maiores e mais completos museus da América do Norte. Em 2007, houve uma expansão com a inauguração do Michael Lee-Chin Crystal. A adição do arquiteto Daniel Libeskind simula um pedra de cristal que se projeta externamente ao prédio eduardiano original. Inclusive a parte interna do prédio original é linda e perfeita para boas fotos.
O ROM possui um acervo especial sobre dinossauros, animais e ciências naturais. Uma área perfeita para as crianças, já que apresenta partes interativas e de aprendizado. Porém, como estamos falando sobre a arte em Toronto, o destaque no ROM começaria com arte chinesa no primeiro andar. Esculturas e cerâmicas das dinastias Ming e Qing.
A história da arte europeia é contada em detalhes, de forma cronológica, na The Samuel European Galleries. Do estilo medieval, passando pelo rococó e neoclássico, até à época vitoriana e após 1890. Em cada seção, você pode se sentar nos bancos onde é contada a história daquele estilo de arte. Por fim, uma área dedicada ao mobiliário e a evolução da arte do design.
Para chegar ao ROM, basta pegar o metrô até a estação Museum. O ingresso para as exposições permanentes custa CAD$ 23. Na terceira segunda-feira do mês, a entrada é gratuita das 17h30 às 20h30. O museu funciona diariamente das 10h às 17h30.
Arte em Toronto – Grafites
Sem dúvida, a arte de rua teve um boom nas grandes metrópoles. Grandes muros grafitados ou pintados por artistas que manifestam sua expressão artísticas pelas ruas. Em Toronto, não é diferente e o Graffiti Alley é o maior exemplo da arte de rua em Toronto.
O local não poderia ser mais cool, na região da Queen Street West, que me lembrou muito o bairro de Haight/Ashbury em San Francisco. O “Beco do Grafite”, equivalente ao Beco do Batman, em São Paulo, por exemplo, é um pequeno trecho entre a Portland Street e Spadina Avenue. Em paralelo à Queen Street West. Certamente um local perfeito para fazer fotos em meio aos grafites de artistas canadenses famosos.
Nossa viagem para Toronto contou com apoio do Tourism Toronto e do One King West Hotel que nos recebeu na cidade. Faça reserva do seu hotel em Toronto por aqui e ajude a manter o Panorama de Viagem sempre atualizado, sem pagar nada a mais por isso.