Casa de Anne Frank em Amsterdam
Amsterdam

Casa de Anne Frank: marco histórico em Amsterdam

Annelies Marie Frank, mais conhecida como Anne Frank foi uma adolescente alemã de origem judaica, vítima do Holocausto. Sua história ficou famosa com a publicação de seu diário e a casa onde ela e sua família se esconderam em Amsterdam hoje é um museu aberto à visitação. Portanto, não deixe de fazer a visita à Casa de Anne Frank em Amsterdam e conhecer sua história.

História de Anne Frank

Anne Frank nasceu na Alemanha, mas passou a maior parte da vida em Amsterdam. Com a ascensão dos nazistas ao poder em 1933, sua família se mudou para a Holanda. Deflagrada a II Guerra Mundial, a perseguição à população judaica foi estendida ao país. Foi quando Anne e sua família passaram a se esconder – em julho de 1942 – no anexo da casa 263 da rua Prinsengracht, abrigando-se em cômodos secretos de um edifício comercial.

Foi durante esse período que Anne relatou seus dias de clausura, que posteriormente vieram a se tornar um livro baseado em seu “diário”. O diário compreende o período de 15 de junho de 1942 a 1º de agosto de 1944. Em 1944, um delator desconhecido revelou o esconderijo da família às autoridades nazistas e a família foi separada e levada para diversos campos de concentração.

Anne Frank morreu aos quinze anos de idade no campo de concentração de Bergen-Belsen em decorrência de tifo, em março de 1945, às vésperas do final da Guerra. Otto Frank, pai de Anne e único sobrevivente da família, retornou a Amsterdam depois da guerra e teve acesso ao diário da filha, que foi publicado em 1947. “O Diário de Anne Frank” é, atualmente, um dos livros mais traduzidos em todo o mundo e considerado um clássico entre os livros que se passam em Amsterdam.

Casa de Anne Frank em Amsterdam

Anne Frank ficou mundialmente famosa com a publicação póstuma de seu diário escrito durante o período citado acima. Por isso, a casa da rua Prinsengracht se tornou atualmente um museu aberto à visitação, e dessa forma, um dos pontos turísticos mais famosos da capital holandesa.

O museu foi inaugurado em 1960 e em 2013 foi o terceiro museu mais visitado na cidade, perdendo apenas para o Museu Van Gogh e o Rijksmuseum. Já visitei a casa duas vezes em 2011 e 2013 e nas duas vezes comprei o ingresso online e agendado para data e horários definidos. Sem dúvida, foi um grande facilitador pois a fila para visitar a casa é ENORME.

Fila na Casa de Anne Frank
Fachada e fila na Casa de Anne Frank

Atualmente, o museu limitou bastante o número de ingressos vendidos online, então é preciso comprar com MUITA antecedência. Por exemplo, para comprar online hoje, só tem vaga para dois meses a frente.

Detalhes da visita

Não é permitido tirar fotos dentro do museu, logo esse não será um post tão ilustrativo, já que respeitei as regras da casa. A fila grande se faz porque entram grupos pequenos, já que os corredores e escadas são bem estreitos e as salas não comportam tanta gente ao mesmo tempo.

em frente à Casa de Anne Frank
Minha primeira visita em 2011

A visita é guiada com áudio contando os detalhes de cada ambiente e de como a família Frank viveu na época do esconderijo. Inclusive podemos visitar o anexo secreto – uma área mínima – onde Anne e seus familiares permaneceram por um longo período.

Ao final da visita, uma sala audiovisual com vários filmes contando um pouco mais da história da família após a captura pelos nazistas. Entretanto, a parte mais especial para mim foi o relato emocionante de Otto Frank. Nesse mesmo local estão algumas páginas do diário original de Anne, bem como as capas do livro traduzidas em inúmeras línguas.

Além disso, algo que achei bem interessante foi a possibilidade de ver uma estatueta do Oscar “ao vivo”. A estatueta foi doada ao museu por Shelley Winters, 16 anos após ter recebido o Oscar de melhor atriz coadjuvante por seu papel como Sra. van Pels no filme “O diário de Anne Frank”.

Uma visita bem comovente por se tratar de um período bem delicado da história mundial. Sem contar pelo fato de ser retratado pelos olhos de uma criança. Na pequena praça ao lado da casa, está uma escultura em homenagem a Anne Frank, onde tirei a foto de capa do post.

Endereço: Prinsengracht 263-267

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Leo Vidal
Carioca, biólogo, apaixonado por música, filmes e sempre disposto para novas viagens. Compartilha suas dicas de viagem há mais de 10 anos, sempre antenado ao melhor da gastronomia e hotelaria.

10 thoughts on “Casa de Anne Frank: marco histórico em Amsterdam

  1. Li o livro pequena, depois o li novamente quando visitei Amsterdam. Visitar a Casa de Anne Frank me fez pensar: como eles conseguiram viver ali por dois anos?! Os depoimentos no final da visita também me emocionaram muito: não só de seu pai, como de sua amiga!

  2. A Casa de Anne Frank é um lugar que não dá para deixar de fora de um roteiro em Amsterdam, né?! Tenho muita vontade de conhecer!

    Fiquei impressionado com a fila. Bom saber que o ideal é comprar com muuuita antecedência. Às vezes acabo deixando para comprar estes ingressos na hora ou apenas alguns dias antes, me daria muito mal neste caso!

    Ótimas dicas!

    Abraço

  3. Li o livro saindo da infância, não tinha 12 anos, e lembro perfeitamente o quanto me marcou. Taí um Museu/Casa que tenho vontade de conhecer

  4. Quando fui a Amsterdam não tive coragem de conhecer a casa da Anne Frank, acho que ficaria muito emocionada e não curtiria o passeio. Legal poder saber como é por dentro com o seu relato

  5. tai uma visita que não farei tão cedo pois é um lado muito triste né, tem que ir com o espírito preparado. Como morei em Berlim, já vi muita coisa da guerra e é sempre uma tristeza e aflição. Considero importante manter histórias assim vivas para que não se repita e eduque mais pessoas a ter empatia e respeito pelos outros

    1. Sim, muito triste, mas necessário. Como você morou em Berlim, deve ter uma bobagem grande de visita a locais históricos, não só da guerra como do muro né?

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