Quando falei que iria para San Francisco, vários amigos falaram para eu tirar um dia para conhecer Sausalito. A cidade está localizada na baía de São Francisco, no condado de Marin, ao norte da Ponte Golden Gate. Pequena e charmosa, a cidade foi incorporada em 04 de setembro de 1893 e atualmente abriga galerias de arte, restaurantes e outras atrações que podem ser vistas em um bate-volta de San Francisco.
Sausalito possui menos de 10 mil habitantes e apesar de pequena, atrai um grande número de turistas que visitam sua vizinha San Francisco. A forma mais interessante – e que muitos turistas preferem – para chegar a Sausalito é atravessando a Golden Gate, que se torna mais um atrativo da viagem. A travessia pode ser feita de carro, ônibus ou de bicicleta. Nesse último caso, o ideal é ir pedalando e voltar de ferry, já que o percurso da volta é mais cansativo. A minha intenção até chegar em San Francisco era justamente essa, mas com os dias nublados que peguei em 2014, achei que o esforço não valeria tão a pena para o cenário cinza que havia se formado nos 4 dias que passei na cidade. Por isso, optei por fazer a travessia de San Francisco a Sausalito de ferry boat.
Utilizei o serviço da Golden Gate Ferry, que faz travessias regulares entre Sausalito e o Ferry Building e o Fisherman’s Wharf em San Francisco. Minha opção foi pelo que sai da estação do Port of San Francisco atrás do Ferry Building, assim já conhecia o entorno e a parte do distrito financeiro da cidade. As balsas saem em intervalos de 90 minutos e você pode comprar com antecedência, apesar de eu ter conseguido comprar na hora. A travessia é bem tranquila e dura em torno de 30 minutos. Mesmo com o dia nublado, foi a melhor visão que pudemos ter da Golden Gate e claro, de Alcatraz.
À medida que vamos nos aproximando do píer de chegada, podemos ver um grande hotel com os quartos voltados para a baía, que se tornaram meu sonho de consumo na próxima vez que for para lá. Fui logo dar uma volta pelo centrinho da cidade, nas ruas às margens da baía, mas claro, com um sorvete da Lappert’s Ice Cream nas mãos. O sorvete em si não é nada excepcional, mas é tão recomendado que acaba se tornando especial e claro que isso gera algumas filas enormes em determinados momentos do dia.
Menos famosas que o sorvete da Lappert, mas super recomendadas, as casas flutuantes merecem uma visita pelo conceito histórico. Elas surgiram quando as pessoas se apropriaram dos navios abandonados depois da Segunda Guerra Mundial no Porto de Sausalito, transformando-os em casinhas charmosas. Outra atração para quem quer conhecer um pouco da região é o San Francisco Bay Model Visitor Center, maquete hidráulica que simula o movimento das marés e correntes da baía. Confesso que achei muito mais interessante circular pelo calçadão à beira mar, entrar nas lojas de souvenires e galerias de arte.
Sausalito também possui ótimos restaurantes, cafés e bistrôs. Assim como o sorvete, o hambúrguer da Hamburguers, uma lanchonete discreta de toldo verde, se tornou um grande “must do” na cidade. Não comi, porque preferi almoçar em um dos restaurantes da rua principal, a Bridgeway. Optei pelo Poggio Trattoria, um restaurante de comida italiana que utiliza ingredientes locais, incluindo ervas e legumes orgânicos, o que acarreta uma mudança de menu diária, com inspiração em pratos clássicos do norte da Itália. Acompanhando a comida, escolhi uma Anchor Steam Beer, cerveja feita em San Francisco.
Foi interessante conhecer Sausalito, mas não acho que seja primordial, principalmente se for a sua primeira vez em San Francisco, com poucos dias disponíveis. Voltando à cidade, acho que incluiria uma noite por lá para relaxar e descansar, porém existem outras cidades interessantes na baía de San Francisco para conhecer, como Berkeley, Oakland e San Jose. Um detalhe importante para quem vai a Sausalito de ferry é se atentar ao último horário da balsa de volta a San Francisco, para evitar ficar preso do outro lado da baía.