Conhecida como a “Cidade Imperial”, Petrópolis, recebeu nome em decorrência do Imperador D. Pedro I que elegeu a cidade na região serrana do Rio de Janeiro como local para seu reinado. Atualmente, é um grande retrato da História do Brasil, mas também recebe festivais gastronômicos e cervejeiros com frequência, que atraem cariocas e turistas para conhecer as atrações de Petrópolis.
Emoldurada pela Mata Atlântica, Petrópolis além de ser cenário da História do Brasil, traz a herança dos colonos germânicos e imigrantes portugueses, italianos e franceses, que deixaram seu legado refletido na gastronomia, cultura e tradição. Também destino de compras, tendo a Rua Teresa como um dos principais pólos, com lojas de roupas, acessórios, itens para casa, entre outros.
Na parte histórica, tudo começou em 1830, quando D. Pedro I adquiriu uma fazenda na Serra, onde a Família Imperial pudesse escapar dos sufocantes verões da Quinta da Boa Vista. O legado, que se tornou talvez a principal atração histórica de Petrópolis, é o Museu Imperial (foto de capa), cuja visita é aberta ao público, sendo gratuita às quartas-feiras e no último domingo do mês.
Durante a visita pelo interior do museu, que não pode ser fotografado, é preciso calçar as famosas pantufas, contribuindo assim para a preservação dos pisos originais de mármore de Carrara, mármore belga e madeiras nobres. Além do palácio, o Museu Imperial possui outras áreas de visitação: a Sala da Batalha de Campo Grande, que abriga o famoso quadro de Pedro Américo que dá nome ao espaço; o Pavilhão das Viaturas, que reúne meios de transporte do século XIX; e o Pátio Lourenço Luiz Lacombe, nomeado em homenagem a um antigo diretor do Museu e que expõe uma locomotiva que fazia o trajeto de subida da serra no início do século XX. Vale a pena caminhar pelos jardins e observar belas espécies vegetais e esculturas, incluindo a estátua em homenagem a D. Pedro II.
Bem no centro de Petrópolis, a Catedral de São Pedro é o principal símbolo religioso da cidade. Construída em estilo neogótico francês, foi inaugurada em 1925, ainda inacabada. No projeto original, sua fachada era orientada para o Palácio Real, e por decisão da Princesa Isabel, ficou na posição atual, direcionada para a rua D. Afonso, atual Avenida Koeler. No interior, destacam-se os vitrais, a pia batismal, Via Sacra e a Capela Imperial, onde estão os restos mortais da família imperial. Em 1969, foi construída a torre e colocados os sinos, vindos da Alemanha.
De frente para a Catedral, está a Casa da Princesa Isabel, atualmente sede da Companhia Imobiliária de Petrópolis. Foi residência da princesa e do Conde d’Eu de 1876 até a Proclamação da República. A catedral é separada da casa pela Praça Princesa Isabel, em homenagem à princesa e onde está uma estátua do Major Júlio Frederico Koeler.
A própria Avenida Koeler esteve no plano urbanístico da cidade, projetado pelo Major, de quem a avenida recebeu o nome. É o logradouro mais conservado e equilibrado no aspecto paisagístico e urbanístico, cortada pelo rio Quitandinha, afluente do rio Piabanha. A avenida se inicia na Praça Princesa Isabel, em frente à Catedral, terminando na Praça da Liberdade. O conjunto arquitetônico compreende prédios bem conservados, construídos na segunda metade do século 19 e virada do século 20, com exemplares do neoclássico tardio.
Entre esses prédios do conjunto, está o Palácio Rio Negro, residência de verão do Barão do Rio Negro, construído em 1889, que também abriga o Museu da Força Expedicionária Brasileira (FEB), em homenagem aos soldados de Petrópolis que lutaram na 2ª Guerra Mundial. Da Praça da Liberdade, chega-se bem rápido à Casa de Santos Dumont e outras atrações no arredores.
Um pouco mais afastado, está o lindíssimo Palácio de Cristal, um raro exemplar dos pavilhões da arquitetura de ferro do século 19. Originalmente produzido para receber as famosas exposições de flores e frutos realizadas na Praça da Confluência, o palácio é a primeira estrutura pré-fabricada erguida no Brasil, inaugurado em 1884. Foi em seu interior, que a Princesa Isabel libertou os últimos escravos da cidade em abril de 1888, antes da Abolição ser decretada no Brasil. O Palácio foi reaberto ao público em 1998, se mantendo pólo de arte e cultura, recebendo diversos festivais da cidade.
Em frente está a Casa da Família Sauwen, com varanda de estilo singular, que foi residência de Philippe Sauwen, comerciante belga que exportava café no Rio de Janeiro, em 1892. Um pouco mais ao lado, está a sede Bohemia, famosa por suas visitações e degustações de cervejas, ideal para terminar seu roteiro pela cidade de Petrópolis.
Para um melhor aproveitamento das atrações, esse roteiro deve ser dividido em pelo menos dois dias, porém, é possível de ser feito em um dia inteiro em Petrópolis.
Se você gosta de natureza, não deixe de conferir as dicas da Sil do Viajante Móvel sobre as belezas naturais do Parque Nacional Serra dos Órgãos, mais especificamente a Sede em Petrópolis
QUE TUDO! Sou doida pra fazer esse roteiro de Petrópolis. O texto traz tudinho mastigado, amei e já salvei nos favoritos pra nossa viagem.
Eu adoro Petrópolis e viajar aprendendo mais sobre a historia do nosso país é perfeito.
Petrópolis deve ser o máximo!!! Eu ainda não tive a oportunidade de conhecer, mas já li muito sobre o destino e tenho muita vontade.
Achei o máximo passear pelo palácio de pantufa rsrs acho muito justo o motivo.
Muito legal o POST.
Esses detalhes de manutenção que fazem o Palácio ser tão bem conservado ainda hoje.
Que bonita é Petrópolis, faz tempo que quero visitar porque tenho uma amiga que nasceu e cresceu lá e sempre dizia que entrar na cidade é viajar no tempo. Ótimas dicas! 😀
Muito bom seu roteiro pela cidade. Fui a essa cidade a tanto tempo atrás que nao me lembro muito bem de tudo, preciso voltar e conferir novamente, lindas fotos
Precisa voltar agora então para poder ter uma recordação mais fresca e uma visão diferente da cidade.
Um apanhado ótimo das principais casas de Petrópolis. Eu sempre passo super rápido pela cidade, uma pena! Preciso passar um final de semana na cidade para desbravar com calma e apreciar com cuidado cada detalhe.