A Plaza de Mayo (Praça de Maio) é considerada o centro histórico e político da capital argentina. A praça mais antiga de Buenos Aires, foi cenário de grandes acontecimentos políticos importantes, com exceção da Declaração da Independência. Além disso, em seus arredores estão algumas atrações turísticas que merecem ser visitadas.
Como chegar à Plaza de Mayo
Três linhas do metrô de Buenos Aires tem estações na praça ou próximo a ela. São elas: Plaza de Mayo (línea A), Catedral (línea D) e Bolívar (línea E). Da praça saem avenidas de grande importância como a Avenida de Maio, que liga a Praça à Praça do Congresso. Além das avenidas Diagonal Sur (Avenida Presidente Julio A. Roca) e Diagonal Norte (Avenida Roque Sáenz Peña).
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História da Plaza de Mayo
Criada em 1580 pelo fundador da cidade, Juan de Garay, recebeu o nome de Plaza Mayor. A partir desse ponto a cidade cresceu. Contudo, seu nome atual foi dado em homenagem à Revolução de Maio de 1810. O evento que aconteceu no dia 25 de maio, foi um movimento social e político ocorrido no início do século XIX. Tinha como principal objetivo a emancipação do vice-reinado do Prata – parte de cujo território hoje é a Argentina – da Coroa Espanhola.
Ajardinada no final do século XIX, foi reformada várias vezes, pois sofreu bombardeio pelos militares na tentativa de derrubar o governo em 1955. Desde a década de 70, as Mães da Praça de Maio se reúnem com fotos de seus filhos desaparecidos pelos militares durante a ditadura argentina. Um símbolo da manifestação são os lenços pintados no chão da praça (foto de capa).
Em março de 1982, foi palco de manifestos pelo fim da ditadura. Posteriormente, em abril do mesmo ano, palco da celebração ao ditador Leopoldo Galtieri que deu início à Guerra das Malvinas. Por isso, visitar a Plaza de Mayo por si só, já é conhecer um pouco mais da história da Argentina.
Atrações na Plaza de Mayo em Buenos Aires
Entretanto, ao seu redor estão localizados vários prédios históricos e governamentais. Por exemplo, o Cabildo e a Catedral Metropolitana, onde o Papa Francisco já celebrou várias missas. Além disso, é onde fica a Casa Rosada, sede do Governo Nacional.
1 – Cabildo
O Cabildo de Buenos Aires é um edifício histórico primeiramente construído no século XVII. As obras do atual edifício começaram em 1725, mas o prédio só foi inaugurado em 1740. Posteriormente, em 1748, houve a finalização do segundo andar. A fachada ainda é mantida da mesma forma até hoje, com arcadas e um corpo central mais alto.
Durante a época colonial, foi sede do cabildo, que era a corporação municipal encarregada de representar a cidade colonial frente à metrópole. A entidade desempenhava várias funções jurídicas e administrativas, além de servir de prisão.
Em dezembro de 1821, foi realizado o último acordo político com posterior dissolução da corporação. Em 1880 se transformou na sede do Tribunal Nacional e em 1933, o Cabildo de Buenos Aires foi declarado Patrimônio Nacional.
Atualmente o edifício abriga o Museo Nacional del Cabildo y la Revolución de Mayo. Aberto ao público pela primeira vez em 1939, é palco de exposições temporárias. Recentemente, a exposição permanente foi renovada, com abertura do antigo calabouço e uma sala nova com peças dos anos revolucionários. O museu abre todos os dias às 10h30, variando o horário de fechamento, de acordo com o dia da semana. Há horários específicos para visitas guiadas em espanhol.
2 – Catedral Metropolitana de Buenos Aires
Localizada na interseção da rua San Martín e a avenida Rivadavia, a Catedral Metropolitana é a principal sede da Igreja Católica da Argentina. A catedral atual é a sexta construção, sendo que a primeira em 1593, foi uma capela de adobe. A construção definitiva começou em 1752 sob direção do arquiteto italiano Antonio Masella. Foi completada em 1852, porém a decoração se concluiu apenas em 1911.
De estilo neoclássico pouco usado em catedrais, a estrutura lembra um templo grego. A fachada possui 12 colunas representando os doze apóstolos de Cristo, desenhadas pelos franceses Próspero Catelin e Pedro Benoit. A ornamentação acima das colunas representa o encontro de Jacó com seu filho José no Egito. Essa ornamentação foi realizada em 1860 pelo escultor francês Joseph Dubourdieu.
No interior capelas laterais, quatorze pinturas da Via Crucis feitas pelo italiano Francesco Domenighini e uma nave lateral onde fica o mausoléu do general José de San Martín.
Em 1942, a Catedral Metropolitana foi declarada Monumento Histórico Nacional. Ademais, funciona como museu em honra ao Papa Francisco, que desde 1998 até sua consagração como Sumo Pontífice em 2013, foi arcebispo de Buenos Aires e encarregado de conduzir a Arquidiocese.
A Catedral nos arredores da Plaza de Mayo está aberta ao público das 8h às 19h de 2ª a 6ª; e das 9h às 19h30 aos sábados e domingos.
3 – Pirâmide de Mayo
No centro da Plaza de Mayo se encontra a Pirâmide de Maio. O monumento foi construído em 1811 para celebrar o centenário da Revolução, posteriormente reformado em 1856 pelo artista e arquiteto Prilidiano Pueyrredón. Entre a Pirâmide de Maio e a Casa do Governo está localizado o monumento a Manuel Belgrano, criador da bandeira nacional da Argentina.
4 – Casa Rosada
Certamente a principal atração da Plaza de Mayo em Buenos Aires seja a Casa Rosada. A sede do Governo Nacional ocupa o prédio onde ficava o Forte de Buenos Aires em 1580. Foi residência de vice-reis e das autoridades dos governos pátrios que se sucederam.
Recebeu maior atenção a partir de 1862 com Bartolomeu Mitre, porém foi seu sucessor Domingo Faustino Sarmiento que decidiu embelezar o prédio. A sede do Poder Executivo Nacional passou a contar com jardins e a fachada cor de rosa, que veio a dar o nome pelo qual o prédio é famoso atualmente. O edifício atual é uma fusão de duas construções anteriores: o Palácio dos Correios e a sede presidencial.
O interior da Casa Rosada só pode ser visitado nos finais de semana, gratuitamente e devem ser agendadas. A visita ao interior passa pelo Salão dos Patriotas, Salão das Mulheres Argentinas do Bicentenário, Salão Branco e o Salão Sul. Eu só consegui visitar o interior, na minha segunda ida a Buenos Aires, com minha mãe. Na ocasião estava acontecendo uma exposição com roupas de Evita Perón, porém não sei se era temporária ou do acervo permanente.
Ao lado da Casa Rosada está o Museu do Bicentenário, que apresenta diversos testemunhos ao longo da história do país desde a independência. Há também o famoso mural “Exercício Plástico” do artista mexicano David Alfaro Siqueiros.
Separe metade de um dia para conhecer cada uma das atrações nos arredores da Plaza de Mayo. Independente do horário, é uma área que deve ser visitada. Sem dúvida, é melhor ir em um fim de semana, caso queira fazer a visita pelo interior da Casa Rosada.
Para mim, a Plaza de Mayo é um dos lugares mais emblemáticos e imperdível de Buenos Aires por causa da sua história!
Embora não esteja na praça, recomendo visitar também o Centro Cultural Kirchner, que fica bem pertinho!
Obrigado pelas dicas!
A Plaza de Mayo foi e continua sendo um ponto marcante de Buenos Aires. Além de abrigar edifícios históricos e ser alvo de algumas guerras, a praça continua sendo o principal palco de protestos sociais e políticos, na capital argentina.
Já passei algumas vezes por ela e nunca visitei a Casa Rosada, acredita?! Inacreditável!! Deve ter sido bem interessante a exposição com roupas de Evita Peron, a imagem dela era de uma mulher muito elegante!
O mais legal da visita à Plaza de Mayo é que além de desfrutar de um espaço que conta muito do história de Buenos Aires, inclusive contemporânea, ainda dá pra conhecer vários outros pontos turísticos e ainda esticar pra Feirinha de São Telmo!
Como eu adoro a feirinha de San Telmo.
A Plaza de Mayo é um espaço muito importante tanto atualmente por ser um dos principais pontos turísticos de Buenos Aires, mas também p história dessa cidade. É com certeza um passeio imperdível para quem está planejando viajar pra Buenos Aires.
Acho que a essência histórica é que faz da Praça de Maio tão especial.
Sou uma apaixonada por Buenos Aires, e a Praça de Mayo é realmente uma das atrações imperdíveis por lá.