A Plaza de Armas em Lima, atualmente conhecida como Plaza Mayor, foi o local onde Francisco Pizarro fundou a cidade em 1535. O local já testemunhou muitos acontecimentos históricos. Contudo, hoje é considerada o coração do centro da cidade, abrigando várias atrações ao seu redor.
Lima foi a capital do Império Espanhol na América do Sul por quase dois séculos. Por isso, seu centro tem um papel histórico grande, tendo na Plaza Mayor seu ponto alto. A praça abriga a sede da igreja e do governo além de edifícios datados da era colonial. Muitas dessas edificações foram destruídas com o grande terremoto de 1746, porém foram restauradas aos poucos. Com o tempo, muitas residências foram transformadas em museus e escritórios do governo.
Anteriormente, muitos eventos históricos aconteceram no local: desde a primeira tourada à execução de condenados pela Inquisição espanhola. Entretanto, o grande marco foi a declaração de independência do Peru em 1821. A praça atualmente é uma das mais bem conservadas do Peru e dizem da América do Sul. Realmente é muito limpa, as plantas e gramados bem podados, as grandes palmeiras bem cuidadas e com muitos postes de luz. Uma pena eu não ter tido oportunidade de visitá-la à noite para ver tudo iluminado.
Além de ser muito bem cuidada, na praça consegui sinal de internet wireless municipal funcionando, o que achei total primeiro mundo. Além disso, a praça é muito bem policiada, com policiais turísticos prontos para tirar suas dúvidas. Inclusive, teve um momento em que estava parado com o mapa aberto e fui abordado por uma policial turística perguntando se eu precisava de ajuda. Comentei que estava apenas tentando me localizar e ela fez questão de me explicar o que era cada prédio fazendo um giro de 360 graus na praça. Passei a amar ainda mais o Peru, pois são essas pequenas coisas que nos conquistam.
No centro da praça está uma fonte de bronze, que data de 1651, encomendada pelo conde de Salvatierra, o vice-rei do Peru em 1650. Esta fonte substituiu uma primeira datada de 1578. Os detalhes são bem interessantes.
O principal prédio no entorno da praça é o Palacio de Gobierno. Residência do presidente, foi remodelado após um incêndio e inaugurado em 1938. Também conhecido como Casa de Pizarro, o palácio foi construído no terreno que pertenceu ao chefe pré-hispânico do vale do Rimac, Taulichuscho e exibe uma bela arquitetura colonial.
A troca da guarda acontece diariamente às 11h45 e é bem legal, com direito a banda militar e tudo. Sem dúvida, uma atração à parte. As visitas ao palácio são restritas, uma vez que o palácio é a residência oficial do presidente peruano. Para saber os horários de visita é necessário ligar para 01 311 3900.
Logo após, visite a Catedral de Lima que também teve parte de sua estrutura destruída no terremoto de 1746. Passou por uma reforma finalizada em 1758, mas o que vemos hoje é uma estrutura mais recente, refeita após o terremoto de 1940. A Catedral domina o lado leste da praça e exibe duas grandes torres gêmeas, uma a cada lado da entrada principal.
A construção exibe estilo barroco-renascentista. Segundo a história, Francisco Pizarro trouxe a primeira tora para a construção da parede de adobe da catedral. Por isso, os restos mortais do fundador estão na capela revestida de mármore à direita da entrada. Hoje em dia ela apresenta cinco naves e dez capelas laterais. Os bancos do coro foram esculpidos pelo escultor espanhol Pedro Nogueira e datam do século 17. São considerados grande destaque junto aos altares folheados a ouro. Quando visitei estava sendo celebrada missa da sexta-feira santa.
Em anexo à Catedral está o Palacio Arzobispal, que é a casa do arcebispo de Lima e também sede administrativa da Arquidiocese da cidade. Foi reconstruído em 1924 e exibe, adornando sua fachada, sacadas em estilo mourisco.
O prédio da prefeitura todo em amarelo (como boa parte dos prédios no entorno da praça) se destaca pela bandeira no topo. A Municipalidad de Lima meio que fica apagada em meio a tantos outros prédios mais imponentes que ela.
Outra atração é a Casa de Aliaga, ao lado do Palacio de Gobierno. É uma propriedade familiar, feita de quincha – material resistente a terremotos – por esse motivo é a mais antiga do continente. Foi construída por Jerónimo de Aliaga sobre um santuário inca em 1535 e pertence à mesma família há 17 gerações. A casa está aberta à visitação diariamente no período da manhã de 9h30 às 13h e no período da tarde de 14h30 às 17h45. Não tive muito interesse em visitar, mas pelo que me informei, vale para apreciadores de arquitetura colonial. Na interseção entre ela e o Museu dos Correios está um chafariz com a bandeira do Peru hasteada.
Em seguida, ainda pela Jirón Junin, ao lado da Casa de Aliaga, temos o antigo prédio dos correios e telégrafos que hoje abriga La Casa de la Gastronomía Peruana, que conta um pouco da história da gastronomia no país. Está aberta à visitação de 3ª a domingo das 9h às 17h.
A duas quadras da praça, está o Conjunto Monumental San Francisco de Lima que abrange a igreja, o convento, as capelas de La Soledad e de El Milagro e as catacumbas. A igreja de barro e madeira de 1557 foi destruída no terremoto de 1656 e reconstruída em 1672. A fachada barroca da igreja apresenta duas torres laterais e um portal de pedra com muitas esculturas. O altar é todo entalhado em estilo neoclássico e complementado por teto mudéjar.
Grande destaque para mim certamente foi a tela A Última Ceia em uma verão peruana. Nela estão os apóstolos ceando porquinhos-da-índia (os famosos cuy) e bebendo em taças incas denominadas keros. Outra parte bem interessante foi ver as catacumbas que eram usadas como cemitério no período colonial. Chama atenção o poço com ossos de cerca de 70 mil pessoas, crânios e fêmures formando um círculo ao fundo do poço. Essa parte da visita é meio difícil para pessoas claustrofóbicas, uma vez que passamos por túneis subterrâneos.
A visita ao museu e às catacumbas ocorre diariamente das 9h30 às 17h30. As visitas são guiadas por guias bilíngues, que contam a história do local, da arquitetura, das imagens religiosas e obras de arte do museu.
Outras lojas e restaurantes podem ser encontrados na Jirón de la Unión – rua que atravessa a praça. Foi ali que provei o tão famoso refrigerante típico do Peru, o Inka Kola. Ele é amarelo feito de lúcia-lima, com gosto de remédio. Dizem que o refrigerante é tão popular no país que desbancou inclusive a Coca-Cola. Vale provar, mas não espere gostar.
Maio é o mês das mães. Aquela data que queremos celebrar aquelas que nos deram…
Maio começa agitado com o show da Madonna na praia de Copacabana. Com isso, alguns…
Editada por Priscila Bentes, CEO do Circuito Elegante, a revista que leva o mesmo nome…
O guia mais influente do setor mundial de pizzas, 50 Top Pizza, elegeu as melhores…
A Norwegian Cruise Line (NCL) apresentou novas experiências gastronômicas e de bebidas a bordo do Norwegian Aqua.…
No dia 23 de abril, o Rio de Janeiro se veste de vermelho e branco…
Veja os comentários
Olá! Estamos pensando em ir para Lima e este roteiro do que conhecer na Plaza de Armas em Lima foi um achado! Obrigada por compartilhar.
Apenas uma dúvida, o Palácio de Gobierno é pago para entrar ou é gratuito? Obg.
Essa praça é linda demais ne? Como grande parte das Plazas de Armas nas principais cidades latinas hehehe. Experimentei Inka Cola na 1a vez q fiz conexao em Lima e achei doce demaaaaais rs mas qnd viajei pelo Peru, bebi algumas vezes pra ver se me acostumava, mas não dá não rs.
É linda a plaza de armas de Lima, aliás, Lima é uma cidade todinha linda. Amei, quero voltar com mais tempo!
Muito linda essa Plaza de Armas da cidade de Lima, quero muito conhecer. Qual o melhor epoca para ir a Lima?