Granada

Centro antigo de Granada e suas atrações turísticas

Na região de Andaluzia, Granada foi primeiro ocupada pelos mouros que construíram uma grande cidadela, atualmente ocupando a região de Alhambra. Logo após a conquista da cidade pelos Reis Católicos e consequente expulsão e conversão dos mouros, a cidade cresceu sob o governo cristão. O desenvolvimento do centro antigo de Granada se deu no entorno da Catedral.

Catedral de Granada é um dos principais templos do Renascimento espanhol. Foi dedicada à Santa Maria da Encarnação. Durante o Renascimento, a crença na Encarnação, o primeiro ato da Redenção, foi o dogma fundamental da fé cristã. Sob a ordem dos Reis Católicos, a catedral foi construída entre 1528 e 1563. O arquiteto e mestre renascentista Diego de Siloé projetou a fachada e a Capilla Mayor. Infelizmente quando passamos pela catedral, ela já estava fechada. Por isso não conseguimos conhecer seu interior.

Praças no centro antigo de Granada

Plaza de las Pasiegas

A partir da Plaza de las Pasiegas, pudemos observar a fachada principal da Catedral. À esquerda, está o Campanário com 81 metros de altura. Do lado direito, a Igreja do Sacrário construída no local da Grande Mesquita de Granada em 1705, no estilo barroco. Na lateral, na rua Cárcel Baja estão as portas de São Jerônimo e do Perdão. A partir da placeta de Diego Siloé, está a Torre do Relógio e a porta do Ecce Homo.

Fachada da Catedral de Granada

Seguindo pela rua Oficios, colada à Catedral está a Capilla Real de Granada, construída por Enrique de Egas entre 1506 e 1521. Em seu interior estão os restos mortais do Reis Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Os dois monarcas que uniram Granada à coroa de Castela, unindo os povos da Espanha.

Na sacristia há tesouros artísticos como por exemplo obras dos italianos Botticelli e Persigno, além disso obras dos espanhóis Pedro Berruguete e Bartolomeu Bermejo. Na parte debaixo estão os sepulcros reais feitos em mármore de Carrara. À direita o dos Reis Católicos e à esquerda o de Joana I, a Louca e de seu marido Filipe, o Belo. Juntando-se estão os restos mortais do pequeno príncipe Miguel, neto dos Reis Católicos.

O interior da Capela Real pode ser visitado de segunda a sábado de 10h15 às 18h30 e aos domingos de 11h às 18h. O ingresso custa € 5 (preço em fevereiro de 2018) e não são permitidas fotos.

Próximo à Capela Real está o Palácio de la Madraza que originalmente era uma universidade árabe. Atualmente, o edifício de fachada do século 18, é sede da Universidade de Granada. Ele ainda mantém em seu interior um saguão mourisco e um local de orações (mihrab).

Plaza Bib-Rambla

Saindo da Plaza de las Pasiegas, se chega à Plaza Bib-Rambla, uma das principais praças de Granada. Sua origem vem do período nasrida, tendo sido centro comercial e mercantil da capital do reino muçulmano de Granada. O nome vem das antigas portas da muralha Bib Arrambla. Demolidas entre 1873 e 1884, davam acesso à Grande Mesquita de Granada. Com a tomada de Granada pelos Reis Católicos, a praça foi palco de autos de fé da Inquisição. Na época, os muçulmanos tinham que provar ter se convertido ao catolicismo queimando cópias do Alcorão. Os que não se convertiam eram executados.

Passada a Inquisição Espanhola, a praça sediou grande festas e touradas. Com a remodelação no final do século 16, foram instaladas alfândegas para fiscalização do comércio. Atualmente, a praça apresenta diversos prédios com lojas e restaurantes ao seu redor. No centro da praça está a Fonte dos Gigantes construída no século 17, levada para a praça em 1940. Da parte central da fonte se ergue uma estátua de Netuno. Sem dúvida, um lindo monumento.

Plaza Isabel la Catolica

Um pouco mais afastada da Praça Bib-Rambla está a Plaza Isabel la Catolica, em homenagem à Rainha Isabel de Castela. A praça é cortada pela Gran Vía, principal rua de compras de Granada. Repleta de lojas e restaurantes, liga o atual centro à região de Albaicín. Chama atenção na praça a enorme escultura de Mariano Benlliure, esculpida em Roma para o 4º Centenário do Descobrimento da América em 1892. A escultura representa a Rainha Isabel dando a Cristóvão Colombo permissão para fazer sua viagem, culminando na descoberta da América. No entorno da praça, alguns prédios importantes, mas o mais famoso e controverso é o do Banco Santander.

Plaza Isabel la Catolica

O centro antigo de Granada, junto com Alhambra e o bairro de Albaicín, remonta através de seus prédios a história de Granada e da Espanha. Por isso, vale a pena conhecer as três regiões, se possível com um guia, como fizemos com o Granada a Pie.

Leo Vidal

Carioca, biólogo, apaixonado por música, filmes e sempre disposto para novas viagens. Compartilha suas dicas de viagem há mais de 10 anos, sempre antenado ao melhor da gastronomia e hotelaria.

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