Belém

Mercado Ver-o-Peso: onde encontrar de tudo em Belém

Mercado Ver-o-Peso de Belém é muito mais do que um mercado popular, virou uma grande atração turística da cidade. Quem visita, encontra de tudo, desde comidas típicas da região até itens de crenças populares para as mais diversas funções.

Considerado a maior feira aberta da América Latina, o Mercado Ver-o-Peso tem sua história iniciada em 1625 como a Casa de “Haver o Peso”, no antigo Porto do Pirí. No início, era apenas um posto de aferição de mercadorias que chegavam ao porto e para arrecadação de impostos, já que Belém era o maior depósito comercial da região, onde chegavam produtos extraídos da região amazônica com destino aos mercados locais e internacionais.

Em 1899, começou a construção do Mercado de Ferro, hoje Mercado de Peixe, com projeto dos engenheiros Bento Miranda e Raymundo Vianna, inspirado nas construções europeias. Esta influência é refletida nas torres art nouveau e na telha tipo Marselha. Ao final da construção do Mercado de Carne (ou Francisco Bolonha), o mercado foi inaugurado em 1901, se tornando um dos mercados públicos mais antigos do Brasil. O conjunto arquitetônico e paisagístico, que fica às margens da Baía de Guajará, foi reconhecido e tombado pelo IPHAN em 1977.

Andar pelo Mercado Ver-o-Peso é conhecer um pouco da cultura paraense, porém, como em qualquer área central de grandes capitais, é preciso prestar atenção aos itens pessoais, a fim de evitar pequenos furtos. São 25 mil m² de área de venda, incluindo o Boulevard Castilhos França, os Mercados de Carne e Peixe, a praça do Relógio e Dom Pedro II, se estendendo até a Feira do Açaí e a Ladeira do Castelo.

Aconselho fazer a visita ao mercado a partir das 10h, quando a Estação das Docas já estará aberta, ampliando a área de estacionamento, caso você vá de carro. Não deixe de visitar o interior do Mercado de Peixe, onde são vendidos os peixes da região amazônica. Se tiver a oportunidade de comprar e cozinhar um, será perfeito.

Passar pelas barracas de frutas é conhecer também frutas a qual não estamos acostumados a ver nas outras regiões do Brasil, como o bacuri, taperebá (como o cajá é conhecido na região Amazônica), cupuaçu, entre outras.  Também podemos encontrar a típica castanha do Pará, cachaça e geleia de Jambu, diversos tipos de farinha, flocos de tapioca e camarão seco. Algo que me chamou atenção foi o Pirarucu sendo vendido como se fosse bacalhau, na verdade eu achava que era bacalhau até ler o nome na placa.

Existe também uma área de artesanato local, com artigos feitos em madeira, palha e tecelagem. Mas sem dúvida a parte que mais chama atenção são as barracas com itens para “simpatias”. A mais famosa é a barraca da D. Coló, que é muito agradável, mas muito antenada com o comércio. Dificilmente você visitará a barraca dela e sairá sem levar ao menos um vidrinho de suas “poções milagrosas”, com as mais diferentes funções e os mais divertidos nomes.

Quem quiser, ainda pode comer por ali mesmo nas diversas barracas que vendem comidas típicas paraenses, segundo dizem são autênticos açaí e tapioca. Como fui muito cedo, não cheguei a comer por lá, então não tenho como recomendar alguma barraquinha específica. Uma outra dica é caminhar até a Estação das Docas e comer por lá.

Comendo no Mercado Ver-o-Peso ou não, o importante é não deixar de conhecer essa área da cidade, que além de muita história, traz um pouco mais da cultura paraense para nossas vidas. O horário de funcionamento é das 04h às 20h, sendo que o mercado de peixe funciona até às 14h.

Endereço: Tv. Marquês de Pombal, 75 – Cidade Velha – Belém

Leo Vidal

Carioca, biólogo, apaixonado por música, filmes e sempre disposto para novas viagens. Compartilha suas dicas de viagem há mais de 10 anos, sempre antenado ao melhor da gastronomia e hotelaria.

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