genebra suíça
Genebra

O que fazer nos arredores do Lago Genebra e Pointe de la Jonction

Lago Genebra é o nome dado à parte sul do Lac Léman, o maior dos Alpes suíços. Com grande parte da margem sul em território francês, a maior área se encontra na Suíça, incluindo Genebra como uma das cidades banhadas por ele e que lhe confere o nome. São diversas atrações nos arredores do lago, assim como a parte ascendente a ele, onde está o encontro de dois rios no local chamado Jonction.

Lago Genebra corresponde a parte do Lac Léman junto à cidade de Genebra. Considerado o maior lago da Europa Ocidental, foi formado após a última era glacial e possui 310 metros de profundidade. Seu ponto principal é o Jet d’Eau.

O impressionante jato d’água se tornou um cartão postal de Genebra e é a fonte mais alta do mundo, com 140 metros de altura. São 500 litros de água por segundo, impulsionados a uma velocidade de 200km/h, melhor visto a partir de Bains des Pâquis, área conhecida como a “praia” de Genebra, que atrai os genebrinos e turistas durante o verão.

O primeiro jato d’água data do final do século 19, mas o que vemos hoje foi instalado em 1951 e funcionava apenas durante o verão. Desde 2003, o jato funciona todos os dias, salvo em casos climáticos extremos (geada e vento forte), com horários mais reduzidos durante o inverno (até 16h) e estendidos durante o verão (início da noite).

Andando pelo Quai du Mont-Blanc, passamos pelo Monumento Brunswick, o mausoléu do Duque de Brunswick, em estilo neogótico aos moldes do sepulcro de Scaglieri em Verona. Construído no século 14, a pedidos do duque Charles d’Este-Guelph, expulso de seu ducado na Alemanha em 1830. O Duque de Brunswick se exilou em diversas cidades, onde fez fortuna e mudou-se para Genebra, onde viveu até 1873, ano de sua morte, deixando sua fortuna para a cidade. Dizem que o duque pediu para ser enterrado com vista para a parte mais bonita da cidade, se referindo ao lago, o que não foi atendido por uma confusão e seu sepulcro está voltado para o outro lado, onde está a estação de Genebra, no interior da capela hexagonal.

arredores lago genebra

À beira do lago, algumas esculturas interessantes como Melancolie de Albert György, datada de 2012, que retrata em bronze, um homem sentado de cabeça baixa; Après le bain ou Sylvie sortant du bain de Henri König, uma escultura em bronze de uma mulher nua sentada, datada de 1960 e trazida para Genebra em 1983; e uma escultura em homenagem a Isabel da Áustria, mais conhecida como Sissi, que foi assassinada por um anarquista italiano em 1898 ao sair de seu hotel às margens do lago.

Do pier localizado nesta área, atravessamos para o outro lado do lago Genebra usando o serviço de barcos. No outro lado, uma das atrações é o Relógio das Flores (Horloge Fleurie), que fica no Jardin Anglais (Jardim Inglês). O relógio de flores foi criado em 1955 em homenagem à tradição relojoeira da Suíça.

Logo em frente, uma escultura em bronze de duas mulheres (uma com espada e outra com escudo) representando a unificação de Genebra com a Suíça em 1814, chamada de Monumento Nacional, inaugurado em 1869. A obra é do escultor Robert Dorer e está localizada em um pedestal, em direção ao norte, como se estivessem olhando para o restante da Suíça. Dali aproveite para observar os diversos cisnes que nadam pelo lago.

genebra suíça

Quem preferir, pode atravessar o lago Genebra a pé pela Pont du Mont-Blanc de onde se avista a Île Rousseau. O acesso a essa “ilha” é feito pela Pont des Bergues, onde está uma estátua em homenagem ao escritor e filósofo iluminista Jean-Jacques Rousseau. Rousseau é considerado um dos mais ilustres cidadãos de Genebra e por isso, em 1834, foi inaugurada essa estátua feita pelo artista James Pradier.

lago genebra

Com tempo, vale esticar as pernas em uma caminhada de uns 40 minutos ou pegar um táxi até o Pointe de la Jonction, local de junção de dois rios, Ródano e Arve. Sugiro caminhar pela Sentier des Saules, às margens do rio Ródano, em especial no final da tarde para assistir ao pôr do sol dali, que é espectacular.

lago genebra

Aproveite para fazer umas fotos e depois vá até o ponto final da avenida, de onde você poderá observar claramente a junção das águas dos rios. As águas do rio Ródano são límpidas, enquanto as do rio Aver são mais “barrentas” e por isso o encontro de suas águas fica bem explícito. Achei bem interessante.

Avatar photo
Leo Vidal
Carioca, biólogo, apaixonado por música, filmes e sempre disposto para novas viagens. Compartilha suas dicas de viagem há mais de 10 anos, sempre antenado ao melhor da gastronomia e hotelaria.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.